Skip links

[:pt]Lúcio Maia celebra a “melhor idade” em curta-metragem [:]

[:pt]

O guitarrista da Nação Zumbi apresenta duas faixas de seu disco solo num emocionante filme que retrata o melhor da ‘melhor idade’.

O primeiro disco solo do guitarrista Lúcio Maia se desdobra num emocionante curta-metragem. As faixas “Nascimento de um instante” e “Aurora” fazem parte de um filme que nos transporta para o universo de um baile da terceira idade. Cheios de energia e boas histórias, os idosos levam o espectador para seu mundo cotidiano com uma linda surpresa ao final.

Sinto que deixamos de dar o devido carinho às dores dos idosos. Nós os tratamos como pessoas que já deram sua contribuição ao mundo, como se suas vidas não tivessem mais significado. Este filme vem mostrar que essas pessoas ainda têm muita coisa para fazer: sonhos, desejos, alegrias e contribuições valiosas. Durante as filmagens, vi alguns deles fazendo movimentos de dança que eu jamais conseguiria realizar. Vi sorrisos mais sinceros do que muitos de nós, mais jovens, conseguimos dar. Histórias que nem os melhores roteiristas que conheço poderiam produzir. Realizo este projeto reforçando que as pessoas mais velhas são peças fundamentais para um ecossistema mais humano. Em tempos de Coronavírus, em que idosos recebem diariamente o carimbo reducionista de “grupo de risco”, esse tipo de conclusão é bastante relevante para o caminhar de nossa sociedade“, atesta Matheus Machado, diretor, roteirista e sócio da produtora Infame.

Assista:

Com Luisa Micheletti, Anna Hartmann, Zilah Britto, Luiz Guilherme “LG” e grande elenco, o curta-metragem “Nascimento de um instante e Aurora” reúne as faixas 5 e 7 do disco instrumental Lúcio Maia (2019, Babel Sunset). Este é o primeiro disco solo do guitarrista da Nação Zumbi.

Ficha Técnica:
“Nascimento de Um Instante e Aurora” (Curta-Metragem)
Direção, roteiro e edição: Matheus Machado
Direção de fotografia: Bruno Graziano
Produção: Verônica Gabriel
Som direto: Marcelo Lopes “Carica”
Color: Emílio Gonzalez
Atores: Luísa Micheletti, Anna Hartmann, Zilah Britto e Luiz Guilherme “LG”
Trilha Sonora: Lúcio Maia
Siga Lúcio Maia nas redes: @luciomaia1

Lúcio Maia
Por Alexandre Matias – Jornalista e curador musical

Foi incutido em nosso inconsciente que o Brasil é descolado do resto do continente latino-americano como se fôssemos melhores ou diferentes do resto dos latinos. Felizmente estas barreiras vêm se derretendo com o novo século e há um interesse genuíno dos brasileiros em conhecer o canto do mundo que vivem, não apenas o próprio território nacional.

O guitarrista Lúcio Maia foi fundamental no reconhecimento do que é a nacionalidade brasileira em termos musicais nas últimas décadas e agora parte nesta busca do autoconhecimento da Latino-América. Nesse novo projeto solo, ele desbrava o continente sul-americano (principalmente) num som que pesa no tempero latino sem abandonar a
essência brasileña.

Embora conhecido e reconhecido como guitar hero da Nação Zumbi, Maia tem uma trajetória paralela que mostra suas buscas por outras paragens musicais para além da colisão afrociberdélica de ritmos e melodias da usina de som pernambucana. Ele também tocou ao lado de Seu Jorge no grupo Almaz, com o rapper Rodrigo Brandão no grupo Zulumbi e com Marisa Monte na turnê Verdade, Uma Ilusão, além de seu próprio trabalho solo com o nome de Maquinado – em cada um destes projetos buscando, com sua guitarra, explorar novas sonoridades em extremos diferentes do leque musical brasileiro.

Seus parceiros no novo álbum, intitulado Lúcio Maia são exploradores da mesma estirpe: Maurício Fleury, tecladista e guitarrista do Bixiga 70, conhece desde os inúmeros gêneros musicais africanos à toda gama de sonoridades brasileiras, passando por uma apetitosa discoteca latina, base de suas atuações como DJ, além de já ter tocado com Gal Costa, João Donato, Anelis Assumpção e Guizado. Já o baixista Fábio Sá é conhecido por seu trabalho com Rômulo Fróes e tocou com nomes tão diferentes quanto Negro Léo, Ana Cañas, Rodrigo Ogi e Lanny Gordin. O percussionista Felipe Roseno já esteve nas bandas de Ney Matogrosso e Maria Gadú, o baterista Hugo Carranca é o fiel escudeiro de Otto, Thiago Silva, também baterista, toca com a Black Rio e com Thais Gulin, e o baixista Dengue é parceiro de Lúcio na Nação Zumbi.

“Sempre fui um amante da salsa, merengue, da música cubana e outros ritmos caribenhos, além da surf music e da guitarrada paraense”, explica Lúcio.

O guitarrista e seus parceiros musicais enveredam por caminhos quentes e ensolarados, como soa o conjunto das oito faixas que formam seu disco de estreia.

Além dos 7 temas autorais, o grupo ainda passeia por um clássico, o standard “Lithium”, do Nirvana – que toma um inusitado e refrescante banho de latinidade.”

 

Lúcio Maia nas redes:
Facebook | Instagram | YouTube | Spotify | Deezer

 [:]

Veja Mais
Arraste