Favela Sounds lança lineup de sua quinta edição
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Realizado com patrocínio da Oi via Lei de Incentivo à Cultura do Distrito Federal e apoio do Oi Futuro, quinta edição do Favela Sounds acontece entre 18 e 22 de agosto
Programação reúne oficinas, debates, shows e sessões de mentoria em jornada geolocalizada no mapa do Brasil
A Travestis (BA), A Dama do Pagode (BA), Ellen Oléria (DF), Enme (MA), GOG (DF), Jup do Bairro (SP), MC Mari (BA), Shevchenko e Elloco (PE), Tássia Reis (SP) e Tuyo (PR) estão entre os confirmados.
Lançado em 2016, e tendo reunido mais de 100 mil pessoas em suas edições presenciais, Favela Sounds – Festival Internacional de Cultura de Periferia chega a sua quinta edição em 2021, em formato online e com conteúdos exibidos através da plataforma favelasounds.com.br. Entre os dias 18 e 22 de agosto, o público poderá conferir mais de 40 atividades gratuitas, entre shows, mini oficinas, debates, entrevistas, talks e sessões de mentoria voltadas ao mercado criativo, com grandes nomes da criatividade brasileira e mundial.
Compreendendo a realidade ainda enfrentada pelo Brasil no que se refere à pandemia de Covid-19 e a importância de oferecer atividades gratuitas e online para o público periférico, o festival se remodela e oferece uma imersão pelas favelas do Brasil. Todo o conteúdo será transmitido pela plataforma Favela Sounds, onde a arena presencial do festival ganha o ambiente virtual, através de um grande mapa do país.
O diferencial está nos nomes dos estados, que passam a ser identificados por algumas de suas mais importantes comunidades, homenageando 10 favelas das cinco regiões do país e compartilhando com o público um pouco da história e importância das criações artísticas surgidas nesses territórios. Ao acessar um estado brasileiro, o usuário encontra um palco do evento, com programação embedada diariamente entre 18 e 22 de agosto, e à disposição para ver e rever ao longo de um ano.
Em 2021, Favela Sounds trará como tema “A vez do amor”, um chamado a debates, reflexões e construções que tratem de afeto, do combate aos crescentes e constantes discursos de ódio e preconceitos, que fale de solidariedade e que estimule o pensamento de novos futuros a partir de uma ética amorosa. O tema faz referência ao samba homônimo do artista brasiliense Vinícius de Oliveira (“Se todo mundo pode, eu posso também / Se todo mundo vive, quero viver também / A Vez do Amor chegou enfim“). Para a ocasião, o festival lança sua “Corrente do Bem”, iniciativa que arrecadará recursos para organizações de favelas brasileiras, com o objetivo de auxiliar no combate à fome (que ameaça 60% dos lares do país) e nas medidas de cuidado contra a Covid-19.
Todos os dias da programação serão norteados pelo tema da edição e entrecortados por sub temas essenciais ao festival. No dia 18, estreia, Favela Sounds apresenta debates e trocas sobre combate à desinformação, coletividade e solidariedade. Já na quinta-feira (19), trata especificamente do combate aos discursos de ódio e preconceitos. A sexta (20) ganha as cores do arco-íris, com programação completamente comandada e dedicada à comunidade LGBTQIAP+, em uma referência à campanha “Cores Vivas”, realizada pelo festival em 2020.
O sábado (21) é dedicado à saúde mental e à importância do autocuidado, retomando o debate iniciado ano passado durante a campanha Favela Cuida. O fechamento é só das mulheres no domingo (22), com programação exclusivamente feminina e temas diversos, comprovando que lugar de mulher é onde ela quiser, e lançando uma nova campanha para o festival: o Favela Delas.
As atividades serão apresentadas das 16h às 23h30, com exceção do sábado, que se estende até a madrugada com uma festa online realizada na Twitch. Em 2021, Favela Sounds reúne figuras que já passaram pelo palco do festival a novas caras da música periférica para celebrar os cinco anos de criação do projeto. A representatividade, marca forte do festival, é mantida no line com mais de 50% da programação comandada por mulheres, grande maioria de artistas negros e pelo menos 40% do line voltado a evidenciar narrativas LGBTQIAP+. A diversidade toma conta também dos estilos musicais programados. O funk, o pagodão, o drill, o bahia bass, o pagode, a MPB, o pop, o bregafunk, o trap, o afrohouse e, claro, o rap já têm encontro marcado pela web.
Em 2021, os músicos programados pelo Favela Sounds são: Amaro (DF) convidando Markão Aborígene, Realleza e Taliz (DF), A Travestis (BA), A Dama do Pagode (BA), Ellen Oléria (DF), Enme (MA), GOG (DF), Jup do Bairro (SP) convidando Mulambo (SP), MC Mari (BA), Murica (DF), Tássia Reis (SP), TrapFunk&Alívio (BA), Tuyo (PR), Shevchenko e Elloco (PE), Vandal (BA) e Vinícius de Oliveira (DF), além de 5 DJs que se revezam na festa Nave de Som Oi Futuro, dia 21 de julho, com cinco horas de discotecagem de hip-hop, funk e afrohouse para o público da Twitch (a serem divulgados em breve). As 15 bandas programadas gravaram em estúdios e outras locações estratégicas em São Paulo, Salvador, Pernambuco, Maranhão e Distrito Federal.
Além dos shows, Favela Sounds lança sua programação formativa, de talks e oficinas, no dia 02 de agosto. Na próxima semana, o evento lança o edital de seleção para as sessões de mentoria voltadas à aceleração de negócios criativos das periferias do DF, visando a profissionalização e o incentivo ao espírito empreendedor, e também a programação completa do Canal de Produção, série de debates que reúne profissionais do setor de festivais presenciais debatendo a (mais próxima do que nunca) retomada segura do setor de eventos.
Favela Sounds tem direção geral de Amanda Bittar e direção artística de Guilherme Tavares, é realizado pela Um Nome Produção e Comunicação, com patrocínio da Oi via Lei de Incentivo à Cultura do Distrito Federal, recursos do Fundo de Apoio à Cultura do DF e apoio do Oi Futuro. O projeto também conta com incentivo do Prêmio Funarte Festivais de Música 2020.
Serviço – Favela Sounds – Festival Internacional de Cultura de Periferia 2021
Quando: 18 a 22 de agosto de 2021, a partir das 16h
Onde: Na sua casa, pela plataforma www.favelasounds.com.br
Programação em breve.
Gratuito.
Conheça os artistas que se apresentam na edição 2021 do Favela Sounds:
AMARO (DF) – PARTICIPAÇÕES ESPECIAIS: TALIZ, REALLEZA E MARKÃO ABORÍGENE (DF)
Cria de Samambaia/DF e destaque da nova cena do rap, Amaro explora as pontes entre música de rua e artes visuais em seu trabalho. Seu primeiro contato com a cultura hip-hop se deu em 2003, através do grafite. Depois de fazer parte de alguns grupos de rap, em 2017 Amaro se estabeleceu entre o rap e o pop, tendo como diferenciais sua voz grave de flow acelerado, e suas letras que evidenciam seu papel na militância LGBTQIA+. No show para o Favela Sounds, ele apresenta faixas dos EPs Made in Gueto (2020) e Fiz esse EP só pra você (2021). Ainda participam do show os rappers Markão Aborígene, Taliz e Realleza. Juntos, os quatro lançaram A Revolução dos Bichos (2018), e até hoje colaboram entre si.
A DAMA DO PAGODE (BA)
O pagodão baiano é o som que conecta as ruas de Salvador a todo o Estado e a todo o Brasil. Nos dois últimos anos, as mulheres tomaram os paredões de assalto, tornando-se a grande febre da cidade, neste estilo dominado por homens. Entre essas personagens, destaca-se Allana Sarah, A Dama do Pagode, cujo primeiro festival que participou na vida foi o Favela Sounds, em 2019, tendo sido eleita, meses após, revelação do carnaval 2020. Na altura de seus 25 anos, dá aula de liberdade feminina, debatendo machismo, feminismo negro e autonomia em suas composições. Ela revela uma revolução dentro do estilo, enquanto se projeta nacionalmente cada dia mais. Dona de sucessos como “Ai pai, pirraça” e “Só as talentosas”, Allana também é ícone da cena LGBT baiana.
A TRAVESTIS (BA)
Tertuliana Lustosa leva no pagode baiano o nome de Atravestis. Hoje com 25 anos, ela se lançou no pagodão em 2019, com o hit Murro na Costela do Viado, e já chegou mostrando que não é nada tímida! Nascida em Corrente (Piauí) e criada em Salvador, mudou-se para o Rio de Janeiro em 2013 para fazer faculdade de História da Arte na UERJ, vivendo no morro do Vidigal. Já formada e de volta à Bahia, encarou a triste realidade da não-aceitação de mulheres trans no mercado de trabalho formal. Passou a vender doces na Praia da Barra, criando uma marca de sucesso: o Brigadeiro da Lôra. Para vender mais, fazia paródias do pagode baiano adaptadas à realidade LGBTQIA+. Tornou-se ícone. Os brigadeiros garantiram renda para gravar singles, montar banda e ganhar seu espaço no pagode baiano, cena historicamente protagonizada por homens. Atravestis é a famosa voz da faixa “Tímida”, presente no álbum 111 Deluxe de Pabllo Vittar.
ELLEN OLÉRIA (DF)
Filha da Ceilândia/DF, Ellen Oléria tem mais de 15 anos de carreira e já ofereceu ao Brasil o melhor da voz, da performance e do repertório ao longo desses anos. Desde o álbum Peça, a cantora galgou espaços nobres da música brasileira, acumulando prêmios em festivais, cinco álbuns lançados e turnês realizadas em todo o mundo. Com timbre cintilante, afinação única e repertório fundado nas raízes da música brasileira, a artista encanta com seu sorriso iluminado e performances incendiárias. À frente do programa Estação Plural da TV Brasil, exibido até 2019, pautou as identidades LGBTs brasileiras, em um trabalho fundamental. Ellen e Favela Sounds têm um namoro antigo, fruto de muitos trabalhos na capital. E pela primeira vez recebemos a grande mestra da voz candanga em nossa programação, para um show especial em voz e violão em que a artista visita os anos de estrada, cantando dos primeiros sucessos a referências que a acompanham. Desfrutem sem moderação!
ENME (MA)
Cantora e compositora queer do Maranhão, Enme iniciou sua carreira em 2014 como produtora e DJ e lançou sua primeira faixa em 2017, já se destacando em uma cena LGBT forte catapultada pela ascensão da carreira de outra artista LGBT maranhense, Pabllo Vittar. Em 2019, já muito ligada ao rap, Enme lançou o EP Pandú, que mescla batidas do pop, do rap e da música de favela brasileira aos ritmos tradicionais do Maranhão, a maior pesquisa da artista. Enme foi vencedora do Festival Sons da Rua 2019 e já se apresentou no Favela Sounds em 2019. Em 2020, a artista foi uma das estrelas do bloco Galo da Madrugada, a convite de Romero Ferro, e puxando o trio ao lado de Pabllo Vittar.
GOG (DF)
Se o DF espalhou pelo país a fama de ser um dos principais pólos do rap nacional, grande parte da culpa é de Genival Oliveira Gonçalves, o mestre GOG. Nascido em Sobradinho/DF e crescido no Guará/DF, fortaleceu uma cena que até hoje é referência para a juventude hip hop e GOG fez jus ao título de “Poeta do Rap Nacional” ao longo de seus 31 anos de carreira, tendo cantado com Lenine, Ellen Oléria, Zeca Baleiro, Hamilton de Holanda, Maria Rita e muitos outros. Em 1989, a dupla paulista Thaíde e DJ Hum se apresentou no DF e conheceu GOG. Naquele momento, iniciou-se um intercâmbio entre Estados que tiraria o rap da categoria de movimento local, projetando-o como cena na alcunha de rap nacional. Recentemente GOG nos deu um susto, com uma internação para a Covid-19. Este é o primeiro show do artista de volta aos palcos! Assim como com Ellen Oléria, o namoro entre GOG e Favela Sounds vem de muitos anos, e é uma alegria tê-lo em nosso palco.
JUP DO BAIRRO (SP) – PARTICIPAÇÃO ESPECIAL: MULAMBO (SP)
Prepare-se: Este show contém cenas necessárias! Ela é tema no jornal inglês The Guardian, venceu os prêmios Multishow e APCA de Revelação do ano 2020, e já esteve no palco do Favela Sounds em 2017, para lançar em Brasília o álbum Pajubá ao lado da parceira Linn da Quebrada. Multiartista paulista nascida e criada no Capão Redondo, entrou no mercado em 2017, quando encontrou nas artes a resposta para suas dores, vivências e questões. Em 2020, ela lançou Corpo sem Juízo, EP com direção musical de BADSISTA que marcou os lançamentos do ano e finalmente chega ao nosso palco. Como destaque, a faixa que promete curar a depressão: Pelo Amor de Deize, feita em homenagem e em parceria com a funkeira Deize Tigrona, uma das primeiras mulheres a se destacar no estilo carioca. O rap, o funk, o rock, a música eletrônica e o indie são panos de fundo para o debate sobre a marginalização de corpos “dissidentes”. No show especial para o Favela Sounds, Jup do Bairro convida Mulambo, MC da Zona Sul de São Paulo que vem se destacando na nova cena do rap paulistano.
MC MARI (BA)
Segundo o portal Popline, MC Mari está entre os 15 novos nomes do mercado pop que estão dando o que falar em 2021. Ela nasceu e cresceu em Itabuna, cidade que fica a 436 km da capital baiana. Ligada à música desde os 10 anos, foi no forró que ela experimentou os primeiros passos de uma carreira artística, como vocalista de diversas bandas, e aos 23 anos assumiu de vez sua personalidade no funk. O primeiro hit nacional foi Xereca de Mel, que hoje acumula mais de 25 milhões de plays, faixa gravada com Shevchenko & Elloco, também presentes na programação do Favela Sounds. Em parceria com Leo Santana e MC WS veio Senta Concentrada, que entrou nas playlists mais bombadas do ano até agora. Conhecida como a nova rainha do bregafunk, ela já acumula mais de meio bilhão de views em suas músicas e faz parte de uma geração de artistas cujas composições dominam o Tik Tok, sendo os lançamentos de MC Mari, destaques virais nesta rede.
MURICA (DF)
Murillo Fellipe, popularmente conhecido como Murica Sujão, nasceu no Distrito Federal nos anos 2000. Ganhou destaque nas populares batalhas de MCs que rolam em diferentes RAs do DF, conquistando relevância e reconhecimento na Batalha do Museu e na Batalha do Relógio. Trilha um caminho promissor no rap com uma música que mistura o boombap com elementos da música brasileira. Sua discografia é composta por alguns singles e seus dois álbuns, intitulados Fome e Sede, lançados respectivamente em 2019 e 2020, que já somam mais de 5,5 milhões de streams no Spotify e quase 3 milhões de views no Youtube. Seu último EP O que restou da Marginália, lançado em maio de 2021 conta com a participação de grandes nomes do rap nacional como Victor Xamã, Daniel Shadow, Davzera e Vietnã. Murica faz o que chama de rap tropicalista, tamanha sua fixação pelo movimento fundado nos anos 1970 que transformou a música brasileira. Murica também é vocalista da banda Puro Suco, destaque na cena autoral do DF.
TÁSSIA REIS (SP)
De Jacareí/SP, Tássia Reis é uma das vozes mais importantes do hip hop brasileiro. Depois dela, uma geração de cantoras no estilo despontou, fortalecendo uma cena feminina no rap nacional, nunca antes tão representativa e grandiosa. Com influências que vão do samba à soul music, passando pelo reggae e o R&B, o Brasil conheceu esse talento com Meu Rapjazz, faixa lançada na internet. Em seu trabalho, Tássia fala sobre seguir em frente, progredir e valorizar um olhar mais delicado para a vida, rompendo ideias, ciclos e histórias em seus tempos necessários. No show para o Favela Sounds, o rap fala alto! Tássia apresenta músicas de carreira, e dá destaque ao álbum Próspera, lançado em 2019 com participações de Fabriccio, Monna Brutal, Froid, Preta Ary e Melvin Santana. O álbum foi apresentado nos festivais Roskilde (Dinamarca), Walthamstow (Londres), Sfinks (Bélgica) e Les Escales (França).
TRAPFUNK&ALÍVIO (BA)
TrapFunk&Alívio é expressão legítima da periferia de Salvador, amplificada por sistemas de som e novas tecnologias. Diretamente da comunidade do Nordeste de Amaralina, o coletivo traduz o som do baile funk ao contexto baiano, misturando referências sonoras da diáspora africana à música que domina as ruas e periferias do país. Frutos da democratização do acesso à tecnologia nas periferias, Felipe Pomar, Alex Ribeiro, Felipe Cardeal, Luitan de Assis, Philipe Estevão e Gabriel Alves (Banha, Allexuz, MannoLipe, Sagat, ManoSabota e 25Alves) trazem letras, pontos e bases de funk misturadas à linguagem do trap para constituir uma música original que propõe o diálogo da comunidade negra com seu entorno e o mundo. Bons representantes da cultura bass na Bahia, do estúdio caseiro na quebrada eles falam com o mundo, como foi o caso do álbum Papo Reto, lançado em 2019 em parceria (virtual) com a DJ nova-iorquina Reddaughter, em comunicação auxiliada por softwares de tradução.
TUYO (PR)
Em tempos de ódio, falar de amor é ato revolucionário. E esse trio de Curitiba prova que o futuro está na juventude. As irmãs Lio e Lay Soares juntam-se a Machado e, inspirados na complexidade das relações humanas, pintam as cores de uma geração sem preconceitos. Em 2017, o Brasil conheceu os três em Pra Doer, EP de estreia. No ano seguinte, o primeiro disco, Pra Curar, levou o grupo a grandes festivais nacionais, entre eles o Favela. A parceria da banda com o festival vem de longe e se desdobra em mais um show, desta vez tocando o novo álbum Chegamos sozinhos em Casa, lançado no fim de maio desse ano. Com pegada pop, o disco explora toques acústicos e beats eletrônicos, com participações de Luccas Carlos, Jonathan Ferr e Lucas Silveira. A banda Tuyo levanta o debate da representatividade negra em Curitiba, cobrando visibilidade às narrativas negras da região Sul do país.
SHEVCHENKO E ELLOCO (PE)
Com 10 anos de carreira, a dupla Shevchenko & Elloco é uma das pioneiras do bregafunk do Recife, estilo que hoje domina os charts do Brasil, pela mistura de elementos do funk com a estética do brega recifense. O trabalho arduamente construído a uma década nos bailes da cidade natal teve seu reconhecimento em 2019, com Chapuletei, quando chegaram ao topo, apresentando o passinho do bregafunk ao Brasil e ao mundo, com mais de 1 bilhão de visualizações orgânicas. Também importantes entre a geração de compositores para o Tik Tok, é na dança que o show ganha vida e energia. Na energia do passinho carioca, mas com o gingado pernambucano, os bailarinos do passinho vem se formando há uma década ao lado de Shevchenko & Elloco, sendo estes os responsáveis por difundir e manter a formação de novos talentos-exportação da dança. Em show gravado no Alto do Miramar, quebrada da dupla, você assiste aos maiores representantes do bregafunk e do passinho na atualidade.
VANDAL (BA)
Aclamado como o rei do grime no Brasil, Vandal (ou Vandal de Verdade, como é conhecido) é expressão legítima das periferias de Salvador, sendo um dos nomes mais lembrados quando se fala em representatividade nordestina no rap. Visceral, direto, apaixonado e realista, ele é uma referência do movimento Bahia Bass e percorre todo o país com letras irreverentes que exploram muitas referências da bass music, do drill e, claro, do grime. Vandal comprova que baiano gosta mesmo de grave! Presença certa e responsável pela condução da cerimônia dos shows do grupo BaianaSystem, principalmente durante o Carnaval de Salvador com a saída do Navio Pirata, o artista traz o sotaque das ruas da Cidade Nova pras rimas contundentes. Suas referências são diversas e vão de Gal Costa a Rage Against The Machine, passando pelos blocos afro e o pagodão.
VINÍCIUS DE OLIVEIRA (DF)
Ele tem muito samba, suingue e mais de 15 anos de carreira. Vinícius de Oliveira é compositor, musicista e intérprete conhecido da cena do samba de Brasília. Sua música inspirou e dá nome a esta edição do Favela Sounds e também ao seu EP: mais do nunca é “A vez do amor”. Vinicinho, como é carinhosamente apelidado no pagode, começou a tocar aos 15 anos e foi membro dos grupos Adora Roda, 7NaRoda e Filhos de Dona Maria. Integrou outros tantos projetos mas nunca deixou de trabalhar sua carreira solo, que é como se apresenta no Favela Sounds. Na apresentação intimista, ele é acompanhado pelo violão de Juninho Alvarenga, um dos produtores musicais do fenômeno do pagode brasiliense, Menos é Mais.
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