[:pt]CD e DVD com canções inéditas de Adoniran Barbosa são lançados 34 anos após morte do compositor[:]
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Box, que também celebra os 100 anos do Samba, está disponível em lojas físicas e digitais, além de plataformas de streaming
Se Assoprar, Posso Acender de Novo, cantava Adoniran Barbosa na música “Já Fui Uma Brasa”, lançada no final de sua carreira, quando os ritmos da Jovem Guarda ameaçavam tomar o lugar do samba no cenário musical brasileiro.
E Adoniran estava certo! Sua brasa foi assoprada e acendeu de novo em 2016, quando Cassio Pardini, produtor de cinema e sócio da Latina Estudio, encontrou um legado inédito com partituras nunca antes musicadas do cantor e paulista. O produtor musical Lucas Mayer, do selo DaFne Music, então deu vida à obra, por meio de um mergulho no universo do Adoniran.
A partir daí surge o disco e DVD “Se Assoprar, Posso Acender de Novo”, que apesar de utilizar como título o verso de uma música que Adoniran cantava ao final de sua vida, reúne somente canções inéditas. São 14 faixas interpretadas por diversos ícones da música brasileira. Junto com as mídias lançadas, está no ar o portal www.adoniranbarbosa.com.br que reúne todas as novidades oficiais do cantor e compositor.
“Fico muito feliz ao ver, finalmente, gravadas as músicas que estão editadas desde 1990, logo após o Juvenal Fernandes, grande amigo do meu pai, me procurar com muitos papeizinhos rabiscados com a letra inconfundível do Adoniran”, afirma a filha Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa sobre a autenticidade das obras inéditas do pai.
“Tinha a expectativa de encontrar apenas uma partitura, mas me surpreendi com essa incrível quantidade de composições. Quando o Lucas as transformou em música, ficamos encantados e surpresos com a qualidade da obra”, confessa Pardini, que assina a produção do DVD.
No dia 25 de novembro, em meio às comemorações de 100 anos do samba, foi lançando o box “Se Assoprar, Posso Acender de Novo” com CD e DVD, pois o pai do samba paulista não poderia ficar de fora dessa homenagem. O produto, disponível apenas em formato de combo, pode ser encontrado em lojas físicas e digitais pelo Brasil, bem como em todas as plataformas de streaming.
“O álbum não é apenas um disco de Samba”, afirma Lucas. Isso porque o intérprete do personagem paulista João Rubinato não era apenas um compositor de Samba. “Suas poesias e crônicas falam de uma São Paulo em constante mudança com uma linguagem muito simples e tocante, que o fez transitar facilmente por diferentes públicos, e a superação é um tema muito recorrente nessas canções”, explica Pardini. O artista encarava sua cidade como algo miscigenado e em tudo enxergava estórias, mesmo das coisas mais simples como sovar uma massa de pizza, ou de uma menina que passava por ele em uma fila da lotação.
Esse disco é sobre o que ele escrevia e como os artistas enxergam essas poesias com seus próprios olhos e ouvidos. “Meu papel foi roupar aquilo que saía pronto nas vozes de cada um, de cada interpretação que surgia daquelas frases do grande cronista”, finaliza Lucas.
O DVD captura as gravações em estúdio de todas as faixas do disco e é uma codireção de Lucas Mayer e Pedro Serrano. Este último escreveu e dirigiu o premiado curta “Dá Licença de Contar”, baseado em personagens e locais célebres narrados em algumas das músicas do Adoniran. Foi a bem sucedida experiência desse projeto que incentivou a procura pelo acervo inédito do Adoniran. O resultado é uma plataforma em celebração ao artista que inclui, além do CD/DVD, um documentário biográfico e longa-metragem de ficção com lançamento previsto para 2017 e uma exposição do Acervo particular da família de Adoniran, todos esses trabalhos sob responsabilidade da Latina Estudio. Os fãs poderão acompanhar novidades sobre todos esses projetos em www.adoniranbarbosa.com.br.
O disco se tornou uma miscigenação musical, igual o próprio Adoniran fez com a cultura paulistana. Levou-se em consideração ritmos musicais admirados pelo compositor como tango, valsa e bolero, juntamente com a influência dos próprios artistas convidados, que trouxeram identidade própria ao disco.
Ney Matogrosso, Criolo, Fernanda Takai, Kiko Zambianchi, Criolo, Liniker, Simoninha e a dupla folk Versos Que Compomos na Estrada são alguns dos intérpretes que fizeram a obra de Adoniran se aventurar por outros caminhos.
Logo na faixa um do disco, uma boa surpresa: Fernanda Takai e Leo Cavalcanti, tocando juntos pela primeira vez e a participação mais que especial de Seu Cléusio, cavaquista do grupo Talismã, último conjunto que acompanhou Adoniran no final de sua carreira.
Criolo, que prontamente escolheu a música “Até Amanhã”, talvez por tratar-se de uma crítica social, passeia pelo samba, trazendo identidade a sua interpretação.
A última faixa é a única totalmente instrumental e une Lulinha Alencar, Nicolas Krassik e Gabriel Selvage, fazendo um gipsy jazz manuche gravado ao vivo! Além das interpretações, essas músicas retomam importantes parcerias entre Adoniran e compositores que ao lado do poeta, foram essenciais para a cultura musical brasileira como Pepe Ávila, Paulinho Nogueira, Zaé Junior, Antonio Rago, entre outros.
“O Ney cantou de uma forma dramática e única, e fez de “Passou”, uma canção que também foi sua. Por telefone ele me disse: Lucas, quero cantar essa música muito mais lento do que você me mostrou. Baixamos então 60bpms e depois ainda mais 8 na hora de gravar. De um samba alegre fomos a um tango que com a interpretação do Gabriel Selvage no violão de 7 cordas, traz lágrimas aos olhos de quem ouve. Mas como o próprio Ney afirmou: não é uma canção triste, é uma canção de superação. E dessa superação vem a beleza”, comenta Lucas Mayer produtor do disco e que também assina a direção do DVD.
Ficha Técnica:
CD: produzido por Lucas Mayer nos estúdios DaHouse (SP), Plugin (SP), S de Samba (SP) e Sonido (RJ). Mixado por Niper Boaventura e masterizado por Rodrigo Deltoro no DaHouse Studio em São Paulo. Produção executiva de Cassiano Derenji.
DVD: produzido por Latina Estudio. Codireção: Lucas Mayer e Pedro Serrano. Produção: Cassio Pardini e Claudio Cao Quintas. Produção Executiva: Iris Fuzaro. Câmeras: David Rosseto, Lucas Mayer, Pedro Serrano e Iris Fuzaro. Edição e finalização: David Rosseto e Gabriel Peixoto.
Músicos que fizeram esta obra possível!
André Bachur: bandolim em NINGUÉM PODE NEGAR e SÓ VIVO DE NOITE.
Bruno Serroni: violoncelo em PASSOU.
Cassiano Derenji: palmas em ATÉ AMANHÃ.
Cléusio de Oliveira: cavaquinho em O ROSTINHO DE MARIA.
Deka Silva: pandeiro, cavaquinho e violão em FOI NA MOSCA e cavaquinho em ATÉ AMANHÃ.
Diego Calderoni: trombone em O ROSTINHO DE MARIA, NINGUÉM PODE NEGAR, O BARZINHO, SÓ VIVO DE NOITE, PROCISSÃO DE AMOR, O SOL E A LUA e FOI NA MOSCA.
Dilson Laguna: guitarra em O BARZINHO e FOI NA MOSCA.
Iris Fuzaro: coro em RECEITA DE PIZZA e ENCALACRADO.
Fred Penteado, Sergio Barba e Alysson Bruno: percussão em ENCALACRADO.
Gabriel Selvage: violões e arranjos de violões em O ROSTINHO DE MARIA, PASSOU, NINGUÉM PODE NEGAR, SÓ VIVO DE NOITE, RECEITA DE PIZZA, MESSIAS, O SOL E A LUA e ENCALACRADO.
Kabe Pinheiro: percussão em O ROSTINHO DE MARIA, PASSOU, NINGUÉM PODE NEGAR, O BARZINHO, SÓ VIVO DE NOITE, PROCISSÃO DE AMOR, RECEITA DE PIZZA e ATÉ AMANHÃ.
Lívia Humaire: coro em ENCALACRADO.
Letycia Oliveira coro em ENCALACRADO, NINGUÉM PODE NEGAR e O BARZINHO.
Lucca Zambonini: trompas em NAQUELE TEMPO.
Luiza Caspary e Alana Moraes: coro em NINGUÉM PODE NEGAR e O BARZINHO.
Lulinha Alencar: acordeon em PASSOU, O MUNDO VAI MAL, RECEITA DE PIZZA, MESSIAS e NAQUELE TEMPO.
Markus Thomas: arranjos vocais em todas as canções e violões em PROCISSÃO DE AMOR e NAQUELE TEMPO.
Maurício Pazz: cavaquinho e violão tenor em ENCALACRADO.
Meno Del Picchia: contrabaixo em PASSOU e NINGUÉM PODE NEGAR.
Michel Lima: arranjo de harmonia e Rhodes em FOI NA MOSCA.
Nahor Gomes: trompete e flugel em O ROSTINHO DE MARIA, O BARZINHO, SÓ VIVO DE NOITE, FOI NA MOSCA e ATÉ AMANHÃ.
Nicolas Krassik: violino em PASSOU, RECEITA DE PIZZA, MESSIAS e NINGUÉM PODE NEGAR e assovio em NINGUÉM PODE NEGAR.
Niper Boaventura: coro em RECEITA DE PIZZA e palmas em ATÉ AMANHÃ.
Paulinho Silva: percussão em NINGUÉM PODE NEGAR.
Pedro Grabriel: poesia citada por Gero Camilo em PROCISSÃO DE AMOR.
Pedro Serrano, Cassio Pardini, Cao Quintas, Leo Mello e Daniel Zago: coro em RECEITA DE PIZZA.
Peter Mesquita: contrabaixo em O MUNDO VAI MAL, FOI NA MOSCA e ATÉ AMANHÃ.
Raphael Miranda: bateria em O BARZINHO.
Ricardo Perito: cavaquinho em O ROSTINHO DE MARIA, NINGUÉM PODE NEGAR, SÓ VIVO DE NOITE e RECEITA DE PIZZA.
Tato Cunha: flautas em O MUNDO VAI MAL, NINGUÉM PODE NEGAR, SÓ VIVO DE NOITE, RECEITA DE PIZZA, FOI NA MOSCA, NAQUELE TEMPO e ATÉ AMANHÃ, sax em O BARZINHO e arranjo de metais em O BARZINHO, O ROSTINHO DE MARIA e SÓ VIVO DE NOITE.
Tiganá Macedo: percussão em O ROSTINHO DE MARIA.
Ubaldo Versolato: clarinete em O ROSTINHO DE MARIA, SÓ VIVO DE NOITE, FOI NA MOSCA e ENCALACRADO e sax em O BARZINHO, FOI NA MOSCA e ATÉ AMANHÃ.
Vanessa Moreno: coro em NINGUÉM PODE NEGAR, RECEITA DE PIZZA e ATÉ AMANHÃ.
Wonder Bettin: mandolin em O MUNDO VAI MAL e coro em RECEITA DE PIZZA.
Yassir Chediak: violas em O MUNDO VAI MAL.
DaFne Music
É um selo paulista que faz questão de participar de todas as etapas de produção dos seus artistas. O resultado disso são parcerias musicais fantásticas que vão do folk americano ao baião nordestino.
Lançamentos 2016:
Versos que Compomos na Estrada,
Call Me Lolla,
Naked Girls and Aeroplanes,
Se Assoprar, Posso Acender de Novo – inéditas de Adoniran Barbosa nas Vozes de Grandes Artistas.
Ouça no Spotify e no Deezer.
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