Projeto AMARelo promove grafitti nos muros, a favor da segurança viária
[:pt]Por um trânsito mais humano, durante o mês de maio, cinco artistas grafiteiros pintaram os muros de escolas públicas da cidade de Embu das Artes. Professores e alunos ainda participarão de oficinas de graffiti.
“O projeto nasceu do nosso desejo de apoiar a causa da segurança viária e fortalecer o Movimento Maio Amarelo. Para isso, escolhemos o graffiti, uma linguagem artística que dialoga com o ambiente urbano e é acessível a todos, está nas ruas, em locais públicos”, diz Helen Almenara, uma das idealizadoras do projeto e sócia da Holy Cow Criações.
Os artistas urbanos que coloriram os muros escolares são: Crica Monteiro, Ricardo Sotaq, Stefany Lima, Image e Siss. Eles também realizaram inspiradoras palestras nas respectivas escolas.
O projeto busca gerar uma reflexão sobre a mobilidade urbana e ressaltar a importância da segurança, cidadania e humanização no trânsito. E fará de vitrine as unidades estaduais de ensino EE Ede Wilson Gonzaga, EE Marlene Aparecida Maia Olberge, EE Marcia Aparecida da Silva Faria Ries, EE Maria Auxiliadora, EE Sara Sanches Russo, de Embu das Artes.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, os acidentes de trânsito estão entre as principais causas de morte entre adolescentes brasileiros de 10 a 19 anos. A Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) definiu os anos de 2021 a 2030 como a Segunda Década de Ação pela Segurança no Trânsito, cuja meta é a redução de, pelo menos, 50% de lesões e mortes no trânsito no mundo inteiro. O documento também incentiva a adoção de medidas que promovam o conhecimento e a conscientização sobre segurança no trânsito por meio de campanhas de educação, especialmente entre os jovens.
AMARelo é um projeto realizado com recursos da Lei de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet) e conta com patrocínio da Arteris. É uma produção da Holy Cow Criações, empresa focada em arte, cultura e projetos socioeducativos, especializada em consultoria e desenvolvimento de soluções para Institutos, Fundações, Associações, Empresas, Artistas e Coletivos.
Veja como ficou:
Crica Monteiro (@crica.monteiro)
Grafiteira, ilustradora e designer, ela começou a grafitar na adolescência logo que se envolveu com o movimento hip hop. Formou-se em Design de Interfaces Digitais e participou de diversos projetos culturais junto a coletivos, parceiros e marcas como Posca, PixelShow e Empoderadas do Samba. Participou de eventos nacionais e internacionais como SPFW, Street of Styles, Meeting of Styles Brasil: Bahia de Todas as Cores, Semana de Hip-Hop e Recifusion, Bienal Internacional do Livro, entre outros. Integra a rede Efêmmera. É fundadora do Grafitti Mulher Cultura de Rua e participou do Projeto Curadoria — série de entrevistas sobre mulheres criativas ao redor do mundo.
Ricardo Sotaq (@ricardo_sotaq)
O grafiteiro, que também cria no computador (ele é designer e ilustrador), é nascido e criado em Embu das Artes. Suas influências vão do hip hop old school, skate e quadrinhos dos anos 90. Seus trabalhos são marcados por personagens com traços e cores fortes.
Stefany Lima (@ste_fanylima)
É artista visual, escritora de rua e arte-educadora. Nascida em São Paulo em 1996, cresceu em Embu das Artes (SP) e mudou-se para Recife (PE) em 2016 e, desde então, transita entre as duas cidades. Possui formação em computação gráfica pelo Instituto Criar de TV, Cinema e Novas Mídias (2014-2015) e é graduanda do curso de Licenciatura em Artes Visuais pela Universidade Federal de Pernambuco/UFPE. Entre 2011 e 2015, fez parte do Núcleo de Hip Hop Zumaluma e, a partir da vivência com a cultura de rua, se identificou com o grafitti. É co-fundadora do projeto Grafitti Mulher Cultura de Rua (2012-atualmente), que visa o registro e fortalecimento do protagonismo de mulheres na cena nacional desta arte urbana.
Image (@image_erc)
Ronaldo Souza, começou a grafitar em 2001 na cidade de Embu das Artes – SP, lançando nos muros vários estilos, entre letras e stencils. Em 2005 começou a desenhar suas personagens femininas com muito estilo e sensualidade, diferencial que se tornou característica principal em seus trabalhos. Além das pinups, Image também ocupa os espaços urbanos com stencils que interagem com a estética das cidades. Ele faz parte da Escrita Rupestre Crew e DAVILA – Nós Somos. Com sua arte, já fez exposições, aparições em programas de TV, revistas, cenários e pintura ao vivo em grandes eventos.
SISS (@simonesiss)
Artista plástica desde 1995, sua história na Street Art começou em 2010 quando conheceu o stencil. A partir desse encontro, Simone Sapienza virou Siss, a artista urbana rapidamente reconhecida pelos trabalhos de alta qualidade com toques ácidos de humor. Suas criações são cheias de ícones e super heróis, em situações muito humanas que questionam o observador e seus dogmas, tirando-o de sua zona de conforto. Utiliza o estêncil e a serigrafia (lambe-lambes) em quase todas as suas obras, sobre diversos tipos de suporte. Utiliza muitos textos, de autoria própria, combinando-os com as imagens.
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