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[:pt]Da Cruz apresenta o clipe de “País do Futuro”[:]

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O single do novo disco da artista ganha vídeo que reúne acontecimentos que resumem o Brasil de hoje.

Os questionamentos que Da Cruz carregou desde a infância sobre o seu país, se tornaram letras politizadas e reflexivas. Seu recente álbum, Eco do Futuro, não seria diferente e o clipe da faixa “País do Futuro” surge agora em forma de protesto.

O ‘País do Futuro’ é baseado na ideia de que o Brasil é a terra do futuro. Um futuro onde a prosperidade nunca chega, onde nos prometiam um poço de petróleo. E que fracassou por causa da ganância dos políticos e a dormência de um povo que não pensa no coletivo.” explica a cantora e compositora.

A grande metrópole paulista é o pano de fundo do vídeo, e some quando Da Cruz se sobressai. Recortes de vídeos que viralizaram na internet também podem ser vistos: são misturados protestos, indígenas, Brasília, favela e carnaval. Afinal, tudo isso é Brasil!

Assista:

A canção é um canto sobre o progresso. Tivemos revoluções e conquistas agora caindo no abandono. A letra é um chamado aos governantes para que a população tenha pelo menos o básico como Educação, Saúde de qualidade e moradia para todos...”

Tudo vai para frente, só nós andamos para trás” – Da Cruz.

Sobre Da Cruz:

Foto: Ane Hebeisen / Büro Destruct

A trajetória de Mariana Da Cruz reflete o seu descontentamento com a política do Brasil. “Cresci ouvindo muitas promessas sobre o crescimento econômico e o desenvolvimento educacional, social, cultural e a estabilidade do país. E, apesar dos muitos avanços que tivemos na última década, mais uma vez vemos o povo sendo destituído de seus direitos”, conta. Em 1999 foi para Portugal, onde ficou conhecida como uma cantora de bossa nova.

Foi neste país que conheceu o produtor suíço Ane H., o principal integrante do Swamp Terrorists – grupo pioneiro na cena industrial/electro de seu país. Enquanto Elis Regina e Ed Motta eram as grandes influências da moça, Ane H. somou com seus conhecimentos de produção eletrônica e sintetizadores. O resultado são beats improváveis embalados por muito groove e pela voz poderosa e sensual de Da Cruz – com letras em português.

Mariana da Cruz não é uma filha da burguesia ou uma garota tropicalista- hipster. A sétima filha de uma trabalhadora da roça de algodão e de um cozinheiro nasceu e cresceu no município de Paranapanema, São Paulo. Não tinha dinheiro para investir em aulas de música ou numa coleção de discos, mas sua mãe foi uma apaixonada pelo rádio e cantava muito bem. Foi assim que Da Cruz se apaixonou pela música e se mudou para Campinas, aos 16 anos, para trabalhar e tentar a vida como cantora.

A menina que gosta de olhar para o futuro se cansou da boa e velha bossa nova e se mandou para a Europa. Há 14 anos ela bate o pé quando os contratantes na Europa dizem que ela deveria cantar em inglês. “Não é fácil criar um mercado com a língua portuguesa no ambiente musical internacional. Mas o que devo fazer? É a língua mais bonita do mundo, como já dizia Saramago, e não vamos mudar isso. Nos shows eu falo com a plateia em inglês ou alemão e os atualizo sobre o teor das faixas. Assim o público pode perceber como fugimos totalmente dos clichês sobre o Brasil”, afirma.

Ela sobe ao palco acompanhada por Ane H. (programação eletrônica), Oliver Husmann (guitarra), Ch. Sommerhalder (guitarra), Daniel Durrer (saxofone),Nicklaus Hürny (trompete) e Pit Lee (bateria e percussão).

Discografia:

Nova Estação (2007);
Corpo Elétrico (2008);
Sistema Subversiva (2011), – lançado nos EUA pelo selo Six Degrees Records de Bebel Gilberto e Céu;
Disco e Progresso (2014) – lançado no Brasil pela Label A;
Eco do Futuro (2018) – lançado no Brasil de forma independente. (saiba mais, aqui)

www.dacruzmusic.com/

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