[:pt]O rock como arma de protesto[:]
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Música é a arte de se expressar por meio de sons, seguindo regras variáveis conforme a época e a civilização. A música molda a forma de se falar, indignar, lamentar, festejar, amar, brigar… numa sociedade. E o rock, o bom e nunca velho rock and roll, tem o papel de unir e trazer aquilo que o sistema não gosta: fazer o povo pensar.
Anos atrás, os hinos nacionais de gente como Caetano Veloso, Elza Soares, Legião Urbana, Charlie Brown Jr., Racionais MC’s ou Belchior bateram de frente em muitos poderosos, com mensagens sobre questões políticas. As vozes desses grandes pensadores hoje servem de combustível para a nova geração que pulsa inconformismo em suas veias.
Bandas como Dona Cislene (Brasília) e Versalle (Porto Velho), que têm o rock no sangue e – ainda bem – usam essa arte como uma arma de protesto. Nada mais necessário do que os dois singles recentemente lançados:
“Quem prometeu calou a voz
Quem se safou, quem foi o algoz
E no final estamos sós…
Em quem acreditar? não sei
Começo a me lembrar
De cada vez que eu não me importei
Só aceitei, não fiz o meu papel”
“Dito Popular”, Versalle
“Mancharam a cidade planejada
Onde a malandragem não dá trégua
Usa terno e gravata
Pra onde vai a grana? Ninguém vê
Um nariz de palhaço vai usar sem perceber”
“Cidade Planejada”, Dona Cislene
E nessa época caótica e vergonhosa na política brasileira, onde quem achou que não poderia piorar, piorou. Trabalhadores estão tendo os seus direitos jogados no lixo, os preços só aumentam e o salário diminui, caso de saúde pública é tratado com polícia… E já dizia o Planet Hemp: a culpa é de quem?
Por Carol Martins[:]